A obesidade faz subir o risco para 13 diferentes tipos de câncer, mostrou um estudo realizado nos EUA em 2016. A Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer, da Organização Mundial da Saúde (OMS), já havia alertado que o sobrepeso ou o excesso de peso poderiam aumentar o risco de câncer de intestino, rins, esôfago, mama e útero. O estudo recente somou a essa lista oito tipos de câncer: fígado, estômago, pâncreas, vesícula, ovário, tireoide, sangue e um tipo de tumor no cérebro.

A relação entre a obesidade e o câncer acontece de várias formas, explicam especialistas. Obesos apresentam maiores níveis de insulina no sangue, o que estimula o crescimento das células, incluindo as cancerosas. A gordura causa, também, um estado de inflamação crônica em todo o corpo, que também favorece o surgimento do câncer. Por outro lado, as células gordurosas produzem hormônios que provocam desequilíbrios no organismo que podem levar ao desenvolvimento de cânceres de mama, ovário, próstata e endométrio.

Uma pesquisa realizada no Reino Unido analisou a relação entre ganho de peso e câncer. Nos homens, para cada 5 kg a mais no IMC (índice de massa corporal), o risco de câncer de reto sobe 9%, e o das vias biliares 56%. Entre mulheres na menopausa, cada 5 kg de aumento do IMC sobe 11% no risco de câncer de mama.

O câncer de mama, muitas vezes silencioso, está entre as doenças que mais matam no Brasil. Uma pesquisa do INCA (Instituto Nacional do Câncer) aponta que, entre 2018 e 2019, mais de 1 milhão de novos casos da doença devem surgir. Segundo um estudo, a cada 10 casos, 3 estarão relacionados ao estilo de vida que as pessoas levam. Tabagismo, consumo de álcool, obesidade e exposição excessiva ao sol são alguns hábitos responsáveis por esse aumento, no entanto ele pode ser prevenido e tratado se for identificado precocemente (através de autoexame, observação ou diagnóstico clínico). 

Todos juntos podemos combater essa doença e conscientizar muitas mulheres. Deixe-se envolver e abrace esta causa com a gente!