Sala de Imprensa

Notícias

09/09/2020

Diabetes Tipo 1 e Diabetes Tipo 2: Qual é a Diferença?

Fonte: vidanovametabolica.org.br

  1. Apesar das semelhanças, o diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2 são doenças diferentes. Entenda quais são as semelhanças e as diferenças entre esses dois tipos de diabetes.

  2. O que é Diabetes? 


    O diabetes é uma doença crônica que afeta a maneira como o corpo utiliza a glicose contida nos alimentos. Isso ocorre devido à falta de insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas, responsável por levar a glicose até as células.

    Como as pessoas com diabetes não conseguem produzir quantidades suficientes para transformar e levar o açúcar para dentro de muitas das células do corpo, consequentemente ocorre uma diminuição da geração de energia nessas células. Devido à falta ou escassez de insulina, a glicose que não é capaz de entrar na célula sem esse hormônio acaba ficando presa na corrente sanguínea, levando a um quadro de hiperglicemia, ou excesso de açúcar.

    Existem dois tipos de diabetes: o diabetes tipo 1 e o diabetes tipo 2. Apesar do nome, são doenças diferentes, que possuem duas coisas em comum: a deficiência na produção da insulina e o excesso de açúcar no sangue. No entanto, como veremos a seguir, as razões por que isso ocorre são diferentes. Para isso, precisamos entender quais são as diferenças entre o diabetes tipo 1 e o diabetes tipo 2.


    Diferenças entre Diabetes Tipo 1 e Diabetes Tipo 2



    Como dissemos, o diabetes é uma doença crônica que impede que o corpo utilize a glicose adquirida através dos alimentos. A causa desse problema é a falta ou ausência de insulina, o hormônio responsável por levar a glicose até as células.

    Assim, pessoas com diabetes tipo 1 e com diabetes tipo 2, sofrem com o mesmo problema decorrente do diabetes. No entanto, o diabetes tipo 1 e o diabetes tipo 2 são doenças diferentes.


    Veja qual é a diferença entre o diabetes tipo 1 e o diabetes tipo 2:



    A principal diferença entre o diabetes tipo 1 e o diabetes tipo 2 é que o diabetes tipo 1 é uma doença autoimune que faz com o que pâncreas pare de produzir insulina definitivamente. No diabetes tipo 2, o pâncreas ainda produz insulina; porém, além de ser insuficiente, ela não pode ser plenamente metabolizada pelo organismo em decorrência da resistência à insulina que ocorre nos órgãos e músculos.

    Ou seja, a principal diferença entre os dois tipos de diabetes é a causa da doença. O diabetes tipo 1 é uma doença de origem autoimune, onde anticorpos da própria pessoa agridem as células produtoras de insulina. Normalmente isso acontece na infância ou adolescência, e por isso é também chamado de Diabetes Juvenil. No caso do diabetes tipo 2, há uma grande influência genética agravada pela obesidade e sedentarismo.

    O que é Diabetes Tipo 1



    Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), os casos de diabetes tipo 1 representam entre 5% e 10% do total dos casos de diabetes. Ou seja: a incidência de diabetes tipo 1 é muito menor do que a de diabetes tipo 2.

    Outra característica importante do diabetes tipo 1 é que a doença costuma aparecer durante a infância, mas também pode ser diagnosticada na adolescência ou até mesmo na idade adulta.

    Ao contrário do diabetes tipo 2, o diabetes tipo 1 não ocorre devido ao estilo de vida, mas devido a um defeito no sistema imunológico, que ataca as células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina, impedindo que o pâncreas possa desempenhar a sua função corretamente.

    Como não existe cura para o diabetes tipo 1, é importante que ele seja controlado. Por isso, pessoas com diabetes tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina, com o objetivo de manter o controle da glicemia, além de outras medidas preventivas, incluindo o uso de medicamentos, alimentação saudável e a prática de exercícios físicos.

    Veja como é feito o controle para diabetes tipo 1:


    - Insulina;
    - Medicamentos;
    - Dieta controlada;
    - Exercícios físicos.

    Além disso, pessoas com diabetes tipo 1 estão mais suscetíveis a crises de hipoglicemia, que podem acontecer de forma rápida e precisam ser tratadas imediatamente.

    Sintomas de diabetes tipo 1:


    - Excesso de urina;
    - Sede constante;
    - Perda de peso;
    - Aumento da fome;
    - Cansaço.

    O que é Diabetes Tipo 2


    O diabetes tipo 2 é uma doença crônica que pode ter origem genética, mas que, na maioria dos casos, está relacionada ao estilo de vida.

    O diabetes tipo 2 representa 90% dos casos de diabetes e é uma doença que vem aumentando muito nos últimos anos, devido às alterações no estilo de vida, como alimentação inadequada e sedentarismo.

    Por se tratar de uma doença assintomática, muita gente não sabe que tem diabetes tipo 2. Isso aumenta o risco da doença, pois impede as pessoas de tomarem as medidas necessárias para tratar a doença antes que ela se torne descompensada, o que costuma ocorrer alguns anos após a pessoa começar a desenvolver a doença.

    Como dissemos, no caso do diabetes tipo 2, no começo, o pâncreas até produz bastante insulina, tentando vencer a dificuldade que esse hormônio encontra para agir nas células e permitir a entrada de açúcar, mas, depois de algum tempo, o pâncreas entra numa espécie de estafa, perdendo a capacidade de produzir quantidades suficientes de insulina para metabolizar a glicose. Esse fato se deve a uma condição chamada resistência à insulina, que ocorre tanto em pessoas com diabetes como em pessoas que possuem síndrome metabólica.

    Pessoas que desenvolvem resistência à insulina têm a capacidade reduzida de utilizar a glicose disponível, obrigando o pâncreas a produzir ainda mais insulina, uma vez que a insulina disponível não pode ser aproveitada pelo organismo.

    Esse fato acaba resultando em hiperglicemia, que é o acúmulo de glicose na corrente sanguínea.

    A maneira correta de avaliar a presença de hiperglicemia é através do exame de glicemia, que mede a quantidade de açúcar no sangue.


    Causas do Diabetes tipo 2


    As principais causas do diabetes tipo 2 são as alterações no estilo de vida, principalmente a dieta inadequada e o sedentarismo.

    A obesidade também é considerada um importante fator de risco para o diabetes tipo 2, pois é esse excesso de gordura em alguns órgãos que causa a resistência à insulina. Foi constatado que o excesso de gordura corporal está diretamente associado a várias doenças metabólicas, como hipertensão, síndrome metabólica e diabetes tipo 2.

    Por isso, é importante a presença de um nutricionista que oriente o paciente com sobrepeso ou obesidade a se alimentar de forma adequada.

    Da mesma forma, um plano de exercícios físicos deve ser implementado, com o objetivo de ajudar o diabético a controlar o peso e aumentar a massa muscular.


    Sintomas do diabetes tipo 2:


    - Excesso de sede;
    - Grande quantidade de urina;
    - Fome em excesso;
    - Perda de peso;
    - Fadiga;
    - Visão embaçada.

    Riscos do Diabetes


    Caso não tratado, o diabetes pode se tornar descompensado. Isso significa que a doença avançou e os sintomas já podem começar a aparecer. 

  3. Veja alguns dos riscos que o diabetes tipo 2 (caso não tratado) representa para a saúde:

    - Hipoglicemia;
    - Desmaios;
    - Infecções;
    - Problemas cardíacos (infarto, angina);
    - Acidente Vascular Cerebral – AVC (derrame);
    - Problemas na visão;
    - Nefropatia e insuficiência renal;
    - Neuropatia;
    - Amputações.

    O tratamento para diabetes tipo 2 pode incluir:


    - Medicamentos;
    - Dieta;
    - Exercícios físicos;
    - Cirurgia.

    Pacientes com IMC (Índice de Massa Corpórea) acima de 30 que não estão obtendo resultado com os tratamentos conservadores, podem recorrer à cirurgia metabólica como tratamento para o diabetes.

    A cirurgia deve ser considerada apenas em pacientes com o diabetes tipo 2, não sendo recomendada para os pacientes com diabetes tipo 1. É necessário um acompanhamento por toda a vida, mesmo para quem está com o açúcar totalmente normalizado e não precise mais usar medicações para controlá-lo.

Voltar